de Dennis Downing

 

 

O dia 11 de setembro é uma data que será sempre lembrada pelo povo dos Estados Unidos como o dia dos atentados contra as Torres Gêmeas em Nova York. Foi um atentado não somente contra civis inocentes, mas contra a própria liberdade.

11 de Setembro é também um dia de triste lembrança em outro país. Em 11 de Setembro de 1973, Augusto Pinochet liderou um golpe militar no Chile que impôs 17 anos de ditadura àquele país.

De acordo com relatos oficiais, mais de 3 mil pessoas morreram ou desapareceram durante a ditadura de Pinochet. Um dos primeiros a perder sua vida foi o próprio Presidente deposto, Salvador Allende.

Allende, político socialista, fora eleito em votação democrática no Chile três anos antes. Ele preferiu morrer em meio aos ataques do golpe militar, a se entregar. Ele se alojou no palácio conhecido como “La Moneda” e lá morreu num ataque impiedoso ao local que simbolizava o governo democrático do Chile.

Segundo relatos, Allende tinha o hábito de entrar e sair do palácio por uma porta lateral na Rua Morand, número 80. Não era a rampa oficial, nem um portão enfeitado e dourado. Era uma porta simples, que dava para uma rua comum.

Era a porta por onde Allende entrava e saía, não como presidente, mas, como cidadão qualquer, sem cerimônia – um chileno comum. Essa era a porta que Allende preferia.

Num ato cheio de significado, depois que o cadáver de Allende foi retirado pela porta da Rua Morand, o ditador Pinochet mandou lacrar aquela porta. Era uma tentativa de sufocar qualquer memória do regime democrático e da liberdade Chilena.

Com seus soldados, canhões e serviço secreto, o ditador Pinochet manteve aquela porta fechada. Ele também manteve o povo do Chile preso e oprimido com sua mão de ferro. Cidadãos comuns foram presos e torturados. Outros desapareceram para nunca serem vistos pelos seus queridos. Todos que sofreram assim eram culpados da única falha de desejar e buscar a liberdade.

Por quase trinta anos a porta da Rua Morand, número 80, permaneceu lacrada. Ninguém abriu. Ninguém passou por ela. Mesmo depois que a ditadura de Pinochet acabou, as sombras de seu poder e o medo da sua influência continuaram a manter a porta da Rua Morand lacrada.

Mas, numa Quinta feira, 11 de setembro de 2003, a porta da Rua Morand, 80, foi reaberta. Apesar de demorar 30 anos, a porta que simbolizava a liberdade de um país finalmente foi reaberta. E por ela passou o presidente do Chile, Ricardo Lagos, num ato carregado de sentido que dizia para o povo do Chile – “estamos livres novamente.”

Livres da ditadura, livres da opressão, livres para escolher quem vai nos governar, livres para ir e vir.

A liberdade é uma das qualidades mais preciosas para o ser humano.

Revoluções e revoltas. As mais sangrentas batalhas e guerras da humanidade foram travadas para conquistar ou garantir a liberdade.

Uma das poucas coisas pelas quais o ser humano é capaz de lutar e dar a sua vida é conquistar ou defender sua liberdade.

Cerca de 1940 anos antes da reabertura da porta na Rua Morand em Santiago, Chile, outra porta foi reaberta.

Foi também um ato cheio de significado. Foi também um evento marcado pelo derramamento de sangue.

Naquele local havia também uma porta fechada e lacrada. Naquela ocasião houve a preocupação de enterrar para sempre as esperanças de um povo.

Naquele dia também, parecia que a liberdade havia acabado. Parecia que o inimigo ganhara a batalha final.

Mas, não era assim.

E a resposta não demorou trinta anos. Apenas três dias.

Aqueles três dias pareciam talvez como anos para o pequeno bando de seguidores. Para aqueles que viram seu líder brutalmente assassinado e enterrado, parecia que não havia mais chance, nem de sonhar.

Mas, naquele primeiro dia da semana, as duas mulheres que foram ao túmulo cuidar do corpo de seu querido Senhor viram o lacre do túmulo quebrado, a porta aberta e encontraram um anjo poderoso, brilhando como um raio de sol, protegendo a porta aberta…

Leia o resto desta mensagem em: A Porta Que Jesus Abriu.



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