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de Max Lucado

 

 

Antecipando a data de Finados, estaremos trazendo nos próximos dias uma sequência de reflexões sobre a morte, do ponto de vista daqueles que conhecem Jesus, o vencedor da morte. Aproveite e compartilhe com amigos e colegas, enviando o link de cada mensagem ou curtindo no Facebook. Obrigado pela sua colaboração!

Sara era uma pessoa rica. Tinha herdado 20 milhões de dólares. Além disso, tinha uma renda adicional de mil dólares por dia.

É muito dinheiro para qualquer período da vida, mas era uma quantia estrondosa no fim do século XIX.

Sara era muito famosa. Era a “bela” de New Haven, no estado de Connecticut. Nenhum evento social estava completo sem a presença dela, nenhum anfitrião de festas deixava de convidá-la.

Sara era poderosa. Seu nome e dinheiro lhe abriam quase todas as portas da América. As escolas queriam suas doações, os políticos imploravam por seu apoio e as organizações queriam ele como membro.

Sara era rica, famosa, poderosa. E miserável.

Sua única filha tinha morrido na quinta semana de vida. Depois de um tempo, seu marido faleceu e ela ficou sozinha com nome, dinheiro, memórias… e com a culpa.

Foi essa culpa que a fez mudar para o oeste. Um forte sentimento por cumprir sua penitência a levou para San Jose, no estado da Califórnia. Os dias passados a aprisionavam nos dias atuais, e ela ansiava por liberdade.

Comprou, então, uma casa de fazenda com oito quartos, e mais 160 acres que havia adjacente à casa. Contratou dezesseis carpinteiros e os colocou para trabalhar. Durante os 38 anos seguintes, os artesãos trabalharam 24 horas, todos os dias, para construir uma mansão.

As pessoas que passavam e observavam ficavam intrigadas com o tamanho do projeto. As instruções de Sara eram mais que excêntricas… elas eram misteriosas. O desenho tinha um toque macabro. Cada janela deveria ter 13 vidros; cada parede, 13 revestimentos; cada armário, 13 ganchos; e cada lustre, 13 globos.

A planta dos andares era horripilante. Os corredores tinham um fluxo aleatório, alguns terminavam em lugar nenhum. Uma porta se abria para uma parede, outra para um buraco de 15 metros. Um lance de escada dava para o teto. Havia ainda alçapões, passagens secretas, túneis. Definitivamente, essa casa não era para Sara desfrutar sua aposentadoria no futuro, mas era um castelo para seu passado.

A realização dessa misteriosa mansão somente terminou quando Sara morreu. A propriedade estava espalhada em mais de seis acres e possuía 6 cozinhas, 13 banheiros, 40 escadarias, 47 fogueiras, 52 clarabóias, 467 portas, 10.000 janelas, 160 quartos e uma torre com sino.

Por que Sara queria um castelo tão imenso? Ela não morava sozinha? “Bem, mais ou menos”, poderiam dizer aqueles que conheciam a história dela. “Havia também os visitantes…”

E os visitantes chegavam noite após noite.

A lenda conta que, todo dia à meia-noite, um servo passava pelo labirinto secreto que levava até a torre do sino. Lá ele dava as badala-das e… convocava os espíritos. Sara, então, adentrava a “sala azul”, reservada para ela e seus convidados noturnos. Juntos, eles ficavam até às 2 da madrugada, quando o sino era soado novamente. Nesse momento, Sara retornava aos seus aposentos; e os espíritos retornavam para os túmulos.

Quem formava essa legião de fantasmas?

Índios e soldados mortos na fronteira dos Estados Unidos. Tinham sido mortos por balas do rifle mais popular da América, o Winchester. O mesmo objeto que tinha dado a Sara Winchester milhões de dólares tinha trazido também morte.

Por isso ela passou o resto de seus anos no castelo da culpa, providenciando um lar para a morte.

Se você quiser, pode ver o “lugar dos espíritos” em San Jose, pode até passear pelo seu interior e ver os vestígios.

Porém, para ver o que uma culpa mal resolvida pode causar a um ser humano, você não precisa ir até a mansão Winchester. Vidas aprisionadas pela culpa do passado existem também em sua cidade. Corações assombrados pelo fracasso estão em nossa vizinhança. Pessoas que sofreram com armadilhas podem ser encontradas andando pela rua… ou ali mesmo na esquina.

Assim como Paulo escreveu, existe uma tristeza do mundo que “conduz à morte” Uma culpa que mata. Uma tristeza que é fatal. Um arrependimento maligno que é mortal.

Quantas Saras Winchester você conhece? Quanto precisa andar para encontrar uma alma assombrada por fantasmas do passado? Talvez não muito longe.

Talvez a história de Sara seja a sua história.

Se for, estou muito feliz que este livro tenha caído em suas mãos. Esta seção final foi escrita especialmente para você. Nos últimos capítulos, discuto pensamentos de fracasso e perdão.

Em horas obscuras durante a noite negra da tempestade, há uma história de graça.

É a história de Pedro reconhecendo a voz do Mestre… vendo a face do Mestre… lutando para escapar da tempestade e chegar a um lugar seguro.

É também uma outra história de Pedro: escutando o barulho do vento… vendo a tormenta se aproximar… afundando nas águas.

Mas, acima de tudo, é a história de Jesus. É a história do Deus que estende sua mão em meio ao mar em fúria. É a resposta para a pergunta que cada pessoa faz: “O que Deus está fazendo quando eu fracasso?”.

As respostas para as perguntas de culpa não são encontradas numa casa nova.

A resposta é encontrada no alicerce da casa que você já tem.

Veja a série de mensagems especiais sobre Jesus e a Morte no site da www.hermeneutica.com


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