de Warren Baldwin

 

 

Nos últimos tempos a economia tem deixado muitas pessoas transtornadas. Temos visto grandes empresas em ameaça de concordata, empregos sumindo, o socorro volumoso dos mega-bancos e as ações de empresas numa montanha russa.

O que está acontecendo neste mundo? Pessoas estão preocupadas com seus empregos e seu dinheiro. Alguns aposentados que eu conheço estão voltando a trabalhar. O pé-de-meia que eles guardaram não só não cresce, mas está rapidamente evaporando. Algumas das instituições às quais confiamos nosso dinheiro e nossa aposentadoria têm nos decepcionando.

Receber a confiança para cuidar da esperança e prosperidade de outra pessoa é uma tremenda responsabilidade. Também é assustador. Eu não estou falando só de instituições financeiras. Não, isso foi apenas uma ilustração. Estou falando agora da grande esperança que Deus confiou a nós.

Muitos anos atrás, o apóstolo Paulo lembrou Timóteo da fé sincera que vivia nele (2 Timóteo 1:5). Ele falou então a Timóteo:

“mantenha viva a chama do dom de Deus que está em você…” (2 Timóteo 1:6b)

Ele encorajou então Timóteo a testemunhar sobre nosso Deus, e sofrer pelo evangelho. Ele também disse:

“(Deus) nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça. Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus…” (2 Timóteo 1:9)

Paul falou até mesmo mais adiante para Timóteo:

“Quanto ao que lhe foi confiado, guarde-o por meio do Espírito Santo que habita em nós.” (2 Timóteo 1:14)

Nós depositamos dinheiro numa instituição financeira e esperamos que renda mais dinheiro. Nós confiamos na própria instituição, o governo federal, a Comissão de Valores Mobiliários, e o Banco Central. Nós não só confiamos neles com o nosso dinheiro, mas com a nossa esperança e fé.

Paulo diz a mesma coisa sobre a relação de Deus para conosco. Deus confia algo a nós que é muito mais valioso que o dinheiro que guardamos para nossa aposentadoria. Deus nos confia a fé, o evangelho, e a santidade. E ele quer ver um pouco de retorno pelo depósito que ele faz em nossas vidas.

Eu penso que isso significa que Deus quer ver a nossa fé seriamente impactando nossas vidas. Fé não é uma atividade sazonal, como futebol americano, nem uma atividade cronometrada, como um teste. Quando soa o apito num campeonato de futebol, então acabou-se por aquele período; quando a cigarra soa na escola, nós sabemos que o exame acabou. Mas quando a oração final é dita na igreja isso não significa que a fé acabou até o próximo culto. Significa que está na hora da fé começar a render. Será que esta fé fará uma diferença em como nós tratamos uns aos outros? Em como nós tratamos nossas famílias? Em como nós falamos? Em como nós ganhamos nosso dinheiro? No entretenimento que escolhemos?

Além disso, eu acredito que vigiar o depósito que Deus confiou a nós significa que compartilhamos o evangelho. Somos recipientes afortunados da graça e misericórdia de Deus por meio de Jesus Cristo. Nós rendemos com esse evangelho quando o compartilhamos com outros e até mesmo por ele sofremos. Nossa salvação não é algo a ser escrupulosamente guardado, mas algo a ser ousadamente compartilhado. É como Paulo falou para Timóteo “Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio.” (2 Timóteo 1:7).

Finalmente, Deus nos confiou a santidade. Santidade significa que exibimos as qualidades do próprio Deus. Significa que nós caminhamos como Jesus caminhou. Ser santo é ser como Deus. Nós estamos ganhando para Deus neste depósito? Será que nossas vidas exibem a pureza moral, a honestidade, a responsabilidade financeira, a bondade, e o espírito de compartilhar? Somos movidos a nos esforçar e ajudar outros nas suas necessidades?

No final das contas, Deus não quer que joguemos fora, nem administremos mal o que ele confiou a nós, ao contrário de algumas das instituições que têm feito isso com o dinheiro que nós confiamos a eles. Deus quer que rendemos com aquilo que ele confiou a nós. Hoje, enquanto seguir adiante com seu trabalho e sua vida, preste atenção em como você pode ser fiel à fé, ao evangelho, e à santidade que Deus confiou a você, com o poder de Deus para hoje.

Uma parábola de Jesus

“E também será como um homem que, ao sair de viagem, chamou seus servos e confiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um; a cada um de acordo com a sua capacidade. Em seguida partiu de viagem. O que havia recebido cinco talentos saiu imediatamente, aplicou-os, e ganhou mais cinco. Também o que tinha dois talentos ganhou mais dois. Mas o que tinha recebido um talento saiu, cavou um buraco no chão e escondeu o dinheiro do seu senhor.”

“Depois de muito tempo o senhor daqueles servos voltou e acertou contas com eles. O que tinha recebido cinco talentos trouxe os outros cinco e disse: ‘O senhor me confiou cinco talentos; veja, eu ganhei mais cinco’.

“O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!’

“Veio também o que tinha recebido dois talentos e disse: ‘O senhor me confiou dois talentos; veja, eu ganhei mais dois’.

“O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!’

“Por fim veio o que tinha recebido um talento e disse: ‘Eu sabia que o senhor é um homem severo, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou. Por isso, tive medo, saí e escondi o seu talento no chão. Veja, aqui está o que lhe pertence’.

“O senhor respondeu: ‘Servo mau e negligente! Você sabia que eu colho onde não plantei e junto onde não semeei? Então você devia ter confiado o meu dinheiro aos banqueiros, para que, quando eu voltasse, o recebesse de volta com juros.’

“ ‘Tirem o talento dele e entreguem-no ao que tem dez. Pois a quem tem, mais será dado, e terá em grande quantidade. Mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado. E lancem fora o servo inútil, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes’.” – Mateus 25:14-30 (NVI)



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