de Dennis Downing
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“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos.” Mateus 5:43-45
A lei mandava amar o próximo (Lev 19:18). Mas alguns intérpretes da lei concluíram que uma inferência necessária do amor ao próximo seria o ódio ao inimigo. Vemos como as inferências humanas são perigosas. Só porque Deus mandou uma coisa não quer dizer que outra coisa que não seja mandada é proibida.
Se Deus mandou amar o próximo não quer dizer que era proibido amar o inimigo. Mas, foi isso que certos intérpretes concluíram. O amor ao inimigo é um dos maiores desafios para o Cristão. Há inimigos que causam dor, perda e até criam obstáculos para o crescimento do Reino. É difícil entender como amor a eles seria a vontade de Deus.
Mas vale lembrar, ninguém fez mais contra Deus do que aqueles que crucificaram seu filho Jesus. E qual foi o pedido de Jesus para eles? “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23:34). Como John Stott observou “Se a tortura cruel da crucificação não conseguiu silenciar a oração do Senhor por seus inimigos, que dor, orgulho, preconceito ou preguiça justificaria o silêncio da nossa?” Tem algum inimigo precisando da sua oração hoje?
Já refletiu sobre isso: antes de você se tornar Cristão, quantas pessoas oraram por você apesar da sua ignorância e sua resistência ao Evangelho? Alguns de nós vivíamos mesmo como inimigos de Cristo. No entanto, Ele, por meio dos seus servos hoje, ainda nos chama. Não é isso que Ele quer que nós façamos agora com outros que, na ignorância, ainda vivem como Seus inimigos e, às vêzes, como os nossos também?
Não somos chamados a amar atos ou atitudes pecaminosas e não podemos dar vista grossa ao pecado. Entretanto, embora não compactuemos com coisas erradas, devemos amar pessoas apesar dos seus atos e atitudes, lembrando que elas também são filhos perdidos do nosso Pai. Oramos pela conversão deles, como outros um dia oraram por nós.
Se você hoje está em Cristo você é a melhor prova de que o amor de Deus por seus inimigos é uma força poderosa para ganhar de volta seus filhos perdidos. Se somos de fato filhos de Deus, não pode haver em nós desejo maior do que este. E como é que Deus comunica seu amor para seus filhos perdidos? Não é através de nós, os salvos? Aí, vem a pergunta de novo: Tem algum inimigo precisando da sua oração hoje?
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