de Linda S.T.C. Pestana

 

Jesus, embora solteiro, foi apoiado por mulheres em seu ministério. Maria Madalena, Joana, Suzana e outras discípulas apoiaram Jesus seguindo atentamente seus ensinos, acompanhando-o em suas viagens de pregação, usando seus bens para o bem-estar e sustento de Jesus (Lc 8.1-3). Essas mulheres da Galiléia foram aquelas que acompanharam Jesus na cruz e no sepultamento (Lc 23.49,55,56; 24.10). Marta e Maria eram irmãs que usaram seus diferentes talentos para apoiar Jesus. Deus sabe o quanto foi importante para Jesus a amizade, hospitalidade e o respeito daquelas mulheres! (Lc 10.38-42). No ministério de Jesus, essas mulheres ofereceram um apoio necessário.

 

Paulo, apóstolo de Jesus, também solteiro, recebeu ajuda de irmãs como Lídia (At 16.15), Febe (Rm 16.1-2) e muitas outras mencionadas em suas cartas (Fp 4.2-3; Cl 4.15; Rm 16). Em uma pequena frase, na carta aos Coríntios, Paulo deixa claro que a companhia de uma esposa cristã no ministério de pregação é um privilégio e um direito (1 Co 9.5). O apoio feminino no serviço dos apóstolos era um apoio necessário.

Ao dar listas de qualificações de bispos e diáconos, o Novo Testamento faz questão de colocar também as qualificações das esposas como pré-requisito ao trabalho daqueles (l Tm 3.11). Sem uma esposa adequada, o marido, “aparentemente qualificado”, não consegue fazer o trabalho. A esposa qualificada é um apoio necessário para o serviço do obreiro cristão.

Assim, vemos que Jesus, os apóstolos e todos os discípulos de Jesus têm na mulher um apoio não apenas desejável ou agradável, mas necessário na missão divina de levar o evangelho a todos.

A mulher oferece seu apoio necessário quando:

  1. É submissa: Diante de uma mulher capaz e inteligente que, com boa vontade e espontaneidade, oferece seu apoio, o homem se sente encorajado a assumir seu papel no lar, na igreja e na sociedade com responsabilidade e amor às pessoas. O bom exemplo da esposa e sua atitude positiva perante as decisões do marido e as condições de vida que ele possibilita, são inspiração para o homem se submeter a Deus e se sujeitar aos outros nas diversas circunstâncias. Podemos imaginar Priscila apoiando Áqüila, seu marido, nos trabalhos espirituais.

  2. Respeita: Não há nada que dê melhor auto-estima ao homem do que admiração e elogios sinceros de sua esposa, que enfatiza as qualidades relevantes nele. A mulher que valoriza os esforços, os alvos, os sonhos e o dia a dia do marido e coopera com ele, permanecendo ao seu lado nos momentos de glória e de fracasso, amplia os dons e supre as fraquezas dele. Ela reforça suas qualidades e lhe dá forças para superar seus defeitos e prosseguir em suas lutas diárias. Dalila passou à história como uma mulher que se aproveitou das fraquezas de Sansão e agiu egoisticamente, mas Rute tornou-se notória por seu altruísmo, prezando os valores espirituais e familiares de seu marido.

  3. Dedica-se: O temor a Deus na mulher que “sem palavra alguma” se empenha em praticar a Palavra de Deus, com fé e coragem, é incentivo para o homem desenvolver sua própria espiritualidade e ainda tornar-se maduro emocionalmente, socialmente e fisicamente. Jezabel foi uma esposa idólatra que incitou seu marido de mal a pior, de pecado em pecado. O resultado foi a morte de toda a dinastia de seu marido. Por outro lado, Abigail, temente a Deus, percebendo o erro e a tragédia que seu marido Nabal tinha atraído sobre sua família, rapidamente, não apenas consertou o erro de Nabal, como também impediu que Davi praticasse um ato de violência.

Não é fácil estar sempre animada para ouvir com atenção sobre os “projetos” ou “lutas” do marido, especialmente quando estamos tão cansadas ou ocupadas com o serviço em casa ou fora do lar… Nem sempre estamos dispostas a largar nossos projetos ou vontades para, simplesmente, acompanhar nosso marido em visitas ou eventos “importantes”… Não é fácil submeter-se à profissão do esposo quando a renda é tão curta… Nem sempre satisfazemos os desejos sexuais do marido como gostaríamos… É difícil respeitar alguém que nos magoou ou tem “tantos” defeitos… Às vezes, a vida parece bem diferente do que sonhamos…

Mas, são essas práticas que nos tornam o apoio necessário que o nosso marido precisa para ser aquilo que Deus quer que ele seja.

Em tudo isto, portanto, é bom lembrar que não há nada que façamos por amor a Deus e ao próximo que seja vão. Deus está vendo cada esforço que fazemos para apoiar aquele a quem prometemos fidelidade e lealdade até o fim de nossas vidas. Que nossos maridos se desenvolvam em caráter e serviço a Cristo e que o Senhor nos capacite dia a dia para sermos o apoio necessário de nossos maridos.

“Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida” (Pv 31.12).

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis, e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1 Co 15.58).

“E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos se não desfalecermos” (Gl 6.9).

 

Copyright © 2003 Revista Mulher Cristã. Publicado com a devida autorização e com todos os direitos reservados pela Revista Mulher Cristã.