de Dennis Downing
Na Copa do Mundo de 1994, o goleiro Taffarel ajudou a levar o time Brasileiro à sua quarta vitória em Copas do Mundo – e por esquecimento quase perdeu a medalha da vitória. Numa curta viagem entre hotéis no dia seguinte ao jogo final, Taffarel deixou uma pochette com os passaportes dele e de sua família, $60,000 dólares e sua medalha da Copa num taxi.
O motorista do taxi, Juan Blanco, da cidade de Santa Ana, louco por futebol, havia torcido pelo Brazil no jogo final. Impedido de assistir ao jogo ao vivo, porque não podia pagar o ingresso de $180-$475, Juan teve que se contentar em ver o jogo pela televisão. Juan disse depois que, no curto trajeto entre hotéis naquele dia, achou algo familiar no passageiro, mas, só quando chegou ao destino e Taffarel pediu para ir à entrada de trás para evitar os fãs, é que percebeu que se tratava do próprio goleiro do time vitorioso. Não querendo incomodar o astro, Juan o deixou na entrada, recebeu a modesta quantia da corrida, e voltou para casa para tomar seu café da manhã e descansar. Só depois, quando voltou ao carro é que ele descobriu uma pochette no banco do passageiro. Quando abriu, Juan encontrou os passaportes da família Taffarel, os $60,000 dólares e a medalha da Copa.
Juan confessou que foi tentado a voltar para o México com o dinheiro. Ele pensou no quanto aquele dinheiro poderia ajudar a sua família. Mas, ele sabia que a coisa certa era devolver tudo ao verdadeiro dono. Com seu irmão junto, Juan voltou para o hotel. No caminho, ele ouviu no rádio que a polícia estava à procura do motorista que havia levado Taffarel. Quando ele chegou no hotel, no entanto, ele fez questão de entregar os pertences pessoalmente. Taffarel também queria conhecer o motorista honesto. Segundo Juan, Taffarel agradeceu com um forte abraço e disse que não havia muita gente que faria o que ele fez. Em compensação, Juan recebeu um moletom do time do Brazil assinado pelo goleiro e $1,000 dólares.
Nem sempre a coisa certa traz o retorno que a gente queria. Às vezes custa, e caro. Mas, se é a coisa certa para fazer, então temos que fazê-la. Há muita coisa boa em futebol e esportes. Há inúmeras oportunidades para atletas e torcedores servirem a Deus e darem glórias a Ele. Tomara que mais atletas fizessem isso. Não sabemos se, para Deus, a vitória do Brasil na Copa de 1994 valia muita coisa. Mas, acredito que aquele motorista de táxi voltou para sua casa, um herói para Taffarel, e um vencedor aos olhos do Rei.
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