de David Ingram

 

Quando lemos em Atos 2 sobre a nova comunidade de seguidores de Jesus que estava sendo criada, fico maravilhado. Compartilhavam seus bens materiais, seu tempo, suas experiências, enfim, suas vidas. Como deve ter sido bom participar daquele momento.

Recentemente tentei imaginar como devem ter sidos o cultos dominicais, especialmente o momento da celebração da ceia do Senhor. Recém instituída por Jesus, agora era celebrada por aqueles que haviam pessoalmente presenciados a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus.

 

Como deve ter sido comovente lembrar das ofensas, das blasfêmias, das agressões físicas contra Jesus. Como deve ter fortalecido e aprofundada a comunhão que havia naquela multidão crescente.

Então me ocorreu um pensamento estarrecedor. Na celebração daquela ceia, estavam presentes não apenas os que haviam sido discípulos de Jesus antes de sua morte. Também estavam presente muitos que faziam parte daquela multidão que havia gritado, “Crucifique-o!”

Imagino que houve naqueles dias alguns momentos de constrangimento entre estes dois grupos. Mas permanece o registro de Lucas que a multidão vivia em comunhão e com alegria. Mas como isso teria acontecido?

Perguntei a mim mesmo: será que eu teria tido condições de abraçar aqueles que haviam causado a morte do meu Senhor? Será que eu teria tido condições de receber aqueles que haviam blasfemado contra o meu Deus? Será que eu teria tido condições de perdoar aqueles que haviam matado o tão-esperado Salvador? Tristemente, cheguei à conclusão que eu não poderia fazer tal coisa.

Mas Deus poderia. Vemos em Atos 2.47 que Deus estava acrescentando pessoas à sua Igreja. É Deus quem deu seu Espírito para transformar os corações de todos que haviam crido em Jesus. Foi Deus quem fez aquela comunidade, foi o poder de Deus que uniu as pessoas, foi o amor de Deus que estava criando um povo unido em Jesus.

Há alguém em sua vida que acha difícil de amar, de se relacionar? Talvez algum amigo, ou alguém em sua própria família tenha lhe ferido ou magoado. Para resolver isso, entregue sua vida a Deus verdadeiramente, seguindo seu filho Jesus Cristo. Então, entregue este relacionamento a Deus, pedindo que ele mude seu coração, seja qual for a barreira. Ele te dará condições de amar de coração aquela pessoa, de ter paz no seu coração em relação àquela pessoa. E assim poderá transformar um pouco mais este mundo que tanto precisa de paz e verdadeira solidariedade.

 

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