de Russ Lawson

 

 

Você pode ou pode não ter ouvido o termo, “Ética de Conveniência”. A expressão se refere à idéia de fazer qualquer coisa que você julgar certo de acordo com a situação em que você se encontra. Aqueles que praticam éticas de conveniência acreditam que não há nenhuma regra absoluta de certo ou errado – que você simplesmente tem que ir com o embalo dos tempos e decidir o que você faz baseado em quem você está acompanhando e na situação na qual você se encontra.

Isto parece ser um tema crescente em nossa sociedade, tanto é que está começando a aparecer nas igrejas e nas vidas daqueles que se chamam de cristãos. Isto é especialmente evidente nas vidas de nossas crianças e nos jovens, porque eles tendem a seguir o exemplo dos adultos que eles acompanham, mas não são tão aptos para disfarçar o processo. Eu ouvi uma história interessante que ilustra o que estou tratando.

Um pastor estava visitando a casa de um dos membros da igreja, desfrutando de uma xícara de café e uma conversa. De repente o filho de dez anos entrou correndo pela porta dos fundos trazendo um rato grande pelo rabo. “Não se preocupe, Mãe”, ele disse, “ele está morto. Primeiro eu bati nele com um tijolo. Então eu agarrei um pedaço de pau e dei nele. Então eu o chutei. Aí eu pisei nele. E então eu… ” Naquele momento ele percebeu o pastor, e terminou com uma voz solene, “… e então o bondoso Deus o chamou para a casa no céu.”

Eu posso me identificar com esta história, porque tendo sido um pastor durante mais de 32 anos, eu tive aquele tipo de experiência muitas vezes. Não é incomum alguém parar no meio da narrativa de uma história inapropriada quando eu me aproximo, ou dizer um palavrão e, me vendo, dizer “eu sinto muito, eu não lhe vi.”

Que tipo de exemplo é esse? Qual a consistência do nosso dia a dia com o que a Palavra de Deus ensina? Nós já achamos necessário agir de forma diferente para sermos aceitos, de acordo com as pessoas ao nosso redor? Será que nós estamos praticando “Religião de conveniência”? O que eu quero dizer é tentando ser o tipo de Cristão que as pessoas ao nosso redor estão esperando naquele momento.

Deus espera consistência em nossas vidas como Cristãos. É para vivermos vidas transformadas e concentrar em agradar a Deus, não as pessoas. Note o que o apóstolo Paulo escreveu, “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.” (1 Coríntios 6:9-11)

Uau! Que proclamação poderosa da necessidade de cristãos viverem vidas transformadas. Paulo disse, “Houve um tempo em que alguns de vocês viviam assim, mas agora vocês foram separados para Deus.”

Algumas pessoas acreditam que há regras diferentes para lugares diferentes – algumas regras para casa, outras para o trabalho, outras para nossas associações com amigos e ainda outras para quando nós estamos com outros cristãos. Estas pessoas estão praticando religião de conveniência e isso não é aceitável a Deus. Deus espera que nós vivamos o tempo todo para ele em cada situação. Se nós não estamos fazendo isso, então nós não O estamos servindo do modo que ele quer.

Minha oração é que cada um de nós possa ter a força para viver diariamente como cristãos e cada dia levar nossa cruz, servindo a Deus com consistência e convicção.

 

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