de Dennis Downing

Agora temos a terceira parte da nossa reflexão sobre Filipenses 4:13 e a famosa declaração de Paulo de que “Tudo posso naquele que me fortalece.” Como é que devemos entender esta afirmação ousada? Como aplicar para nossas vidas hoje? Na última mensagem, nesta, e nas próximas duas aqui na seção Vida em Cristo, vamos refletir sobre esta promessa preciosa e como ela se aplica para nós hoje. Venha nos acompanhar…

“Será que realmente ‘Tudo posso naquele que me fortalece’?”

Há quatro pontos importantes que precisamos aprender desta passagem:

1. Nem tudo que eu quero, eu posso.
2. Nem tudo que eu posso, eu devo.
3. Nem tudo que eu posso, eu faço.
4. Mas, tudo que eu preciso, eu posso.

Agora vemos o terceiro ponto: Nem tudo que eu posso, eu faço!

Vimos que nem tudo que eu quero, eu posso. Descobrimos que nem tudo que podemos, devemos. Mas, ainda precisamos admitir que nem tudo que podemos e devemos, de fato fazemos.

Cristãos às vezes pensam que precisam fazer algo. Eles concluem que é algo bom e necessário. É para ajudar os outros, é espiritual. Eles tentam fazer e se frustram quando não conseguem. Eles reclamam que Deus não ouviu suas orações ou não foi fiel às suas promessas.

Mas Deus muitas vezes deve olhar ao nosso redor para tudo que ele preparou para nós, todas as obras que ele destinou para nós que nós ignoramos porque estamos sonhando com o “impossível”. Deus preparou as obras que devemos fazer. Se faltam condições ou recursos, a culpa não é de Deus.

O mesmo Paulo que afirmou “tudo posso naquele que me fortalece” também declarou “…somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:10) Se as obras e realizações foram preparadas “de antemão” por Deus, certamente não faltarão condições para que sejam realizadas. Talvez o que falta é nós reconhecermos as obras que Ele preparou.

Dentro da vontade soberana (e para nós muitas vezes misteriosa) de Deus, podemos afirmar que o homem pode fazer o que precisa. Mas esse fazer nem sempre será o que ele quer. Prova disso é que há muita coisa que, além de podermos fazer, devíamos fazer, mas nem sempre fazemos.

O irmão que quer abrir uma livraria para vender Bíblias para divulgar a Palavra de Deus em seu bairro está compartilhando a Bíblia que já tem com seus vizinhos? A irmã que quer servir as crianças do bairro está cuidando de seus filhos ou dos filhos da sua irmã casada? A jovem que quer evangelizar Rondônia está evangelizando seus parentes e vizinhos onde mora?

Anos atrás ouvi o coordenador de um comitê de missões dar o seguinte critério para avaliar futuros missionários. Ele, que havia sido durante anos missionário na África do Sul, disse que não iam enviar para um país estrangeiro algum homem ou mulher que não estivesse fazendo discípulos e evangelizando na pequena cidade onde morava.

Por que o “missionário” teria que ir para terras estranhas para evangelizar? Por que ele não podia fazer discípulos na sua própria língua e cultura? Se ele não estivesse fazendo lá onde morava, não deviam esperar que, por estar em terras distantes, ele passaria a fazer.

Jesus estabeleceu um princípio – Fiel no pouco, fiel no muito (Mat 25:21,23). Será que Deus só coloca diante de mim coisas impossíveis? Ou será que eu não estou nem sendo fiel nas coisas bem possíveis que ele colocou diante de mim?

Vamos começar a ser fiel no pouco, a andar nas obras que Deus já colocou diante de nós e para as quais ele já nos preparou e já nos equipou. Sendo fiéis nestas coisas, certamente ele confiará coisas maiores, coisas até então aparentemente impossíveis.

 

Veja também de Dennis Downing: Como Conhecer a Vontade de Deus
e “Tudo Posso Naquele que Me Fortalece” Parte 1.



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